* Por Karina Gols
e Ana Cristina Gluck (colaboradora).
Conheci a escritora infantil Ana Cristina Gluck, quando, desesperada, procurava livros em português para comprar aqui nos EUA, com preços acessíveis, e poder ler à noite para "my little one**.
Seus livros são agradabilíssimo, de fácil entendimento, contextualizados para as famílias que moram no exterior, como por exemplo o "Minha Família".
Eu e "my L.O." lemos muito o "Minha Família", comparamos nossa família à do livro e até inventamos novas estórias malucas e engraçadas.
Ainda quando pequenX, "my little one" e eu, comunicavá-nos bem e em português.
Foi só entrar para a escolinha que tudo mudou. Com coleguinhas novos e um pai americano em casa, além de copiosos programas infantis no YouTube, Netflix, Amazon Prime, etc. no idioma local, "my little one" começou a preferir o inglês.
Sonhei que, durante a quarentena, leríamos mais mais e falaríamos mais em português por passarmos mais tempo juntXs, e fiz todos aqueles planos que são mais simples de imaginar do que implementar.
Com as aulas online, quando nós, mães, devemos estar presentes para ajudar nossos pequenos, o inglês claramente passou a imperar de vez aqui em nossa casa, apesar de continuar a conversar em português.
Enquanto eu tento, obstinadamente, traduzir tudo o que é dito em tradução instantânea para o português, "my little one" decide me responder apenas em inglês e não vê motivos para me responder em alto e bom português. "Mamãe, ...for what? (Mamãe, ...para quê)?
Ana Cristina Gluck recentemente enviou um texto, publicado nas mídias do ABC Multicultural, para compartilharmos aqui, no Quarentenas.com também.
Aqui vai um trecho do artigo de Ana Cristina:
"Confesso que, ao contrário do que pensei e planejei, esta quarentena tem dificultado a minha constância em manter a comunicação com minhas filhas em português. Com o 'homeschooling' (estudos letivos em casa) e o "daddy' (papai) também em casa o dia inteiro, o inglês tem liderado por aqui, já que este é o único idioma em comum entre nós quatro. Tento ao máximo tirar proveito deste tempo em família de maneiras positivas, mas a minha segunda confissão de hoje é que têm dias que é dureza!!! E nestes momentos onde o estresse e a impaciência está presente, o idioma que vem a tona também é o inglês. Para recuperar minhas energias e manter a positividade, eu respiro fundo três vezes e depois digo: "Eu me amo e está tudo bem." Então, em meio ao caos familiar e linguístico, a calma e o português são restabelecidos na minha mente. A minha estratégia adicional será espalhar recadinhos para mim mesma pela casa, dizendo: "Fale em PORTUGUÊS com as suas filhas!"
E me tranquilizei após o ler as confissões da Ana Cristina. Percebi que o mesmo se passa em outras famílias. É aquele lance, ... "só muda o endereço".
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NOTA DA REDATORA
Decidi, desde o nascimento de meu bebê, não colocar absolutamente nada sobre elX na internet: nem nome, nem idade, nem gênero (e por isso uso o X). Nada de fotos igualmente.
Meu primeiro presente para elX foi privacidade.
Além disso tenho um ex-marido violento e protejo ao máximo os dados da minha família.
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E você, como tem sido a sua experiência pessoal? Como essa quarentena tem mudado a comunicação diária com seus filhos?
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* Karina Gols é profissional de Comunicação Internacional com mais de 25 anos de experiência e é poliglota. Foi articulista da Tribuna da Imprensa, trabalhou em gigantes como a Rede Globo, Edelman, Petrobras, Google (YouTube) e CNA - Confederação Nacional de Agricultura (assessoria de imprensa internacional pela The Information Company, nos EUA). Reside na Califórnia, Estados Unidos. Gosta de ver o lado positivo das coisas, mantendo o bom humor, está adorando passar esse tempo em família, mas precisa começar a se exercitar e comer apenas 900 calorias por dia.
* Ana Cristina Gluck é escritora e empresária, criadora do ABC Multicultural.
** My little one; ou seu acronimo, L.O. (em português, meu pequeno/a) é uma expressão usada nos Estados Unidos designada para descrever carinhosamente um filho(a).
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Adorei. Fiquei imaginando a grande confusão de palavras! Lembrei de quando lia para minhas filhas pequenas e o quanto isso é aconchegante!